I- Onde se fala o Português: Portugal, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor Leste.
II- O Acordo Ortográfico tem como objetivo unificar a grafia do português nos 8 países que o têm como língua oficial. No Brasil o Acordo entrou em vigor em 2009.
TREMA
III- Não existe mais o trema, que marcava a pronúncia do “u” átono nos grupos “que”, “qui”, “gue” e “gui”. O seu uso permanece apenas nos nomes próprios estrangeiros e seus derivados, como “Müller” e “mülleriano”.
ACENTUAÇÃO
IV- O acento agudo deixou de ser empregado nos ditongos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas, como “assembleia” e “heroico”. Assim, não são mais acentuadas as palavras: boleia, alcateia, Coreia, estreia, europeia; adenoide, celuloide, joia, paranoico, tiroide.
ACENTO CIRCUNFLEXO
V- O acento circunflexo é colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” para indicar tanto tonicidade quando timbre fechado: dinâmica, pêssego, você, gôndola.
VI- O que mudou? Não haverá mais circunflexo em “voo”, “enjoo”, “magoo”, “perdoo”, “abençoo” e similares.
VII- Também foi eliminado o circunflexo das formas verbais (e derivados): creem (de crer), deem(de dar), leem (de ler), veem(de ver), doo(de doar), perdoo(de perdoar), povoo(de povoar), magoo(de magoar).
VIII- É bom lembrar que as formas antigas “têm” e “vêm” (da 3ª pessoa do plural do presente de “ter” e “vir”, respectivamente) permanecem. Da mesma forma, na flexão de verbos derivados de “ter” e “vir”, mantém-se a distinção entre a 3ª do singular (“ele mantém”, “intervém”) e a 3ª do plural (eles “mantêm”, “intervêm”).
O TIL E O ACENTO GRAVE
IX- Nem o til nem o acento grave sofreram alteração com a Reforma.
O ACENTO DIFERENCIAL
X- Quase todos os acentos diferenciais foram suprimidos, permanecendo apenas na forma verbal “pôr” para distinguir da preposição “por”, ex.: Só vou “pôr” pimenta na comida “por” você; e na palavra “pôde” para diferenciá-la de “pode”, ex.: Ela não “pôde” ir ao teatro ontem, mas hoje “pode”.
XI- Foi criado um acento diferencial opcional na palavra “fôrma”, quando sinônima de “molde”. A decisão de usar o acento é de quem escreve. Um exemplo interessante: Qual a “forma” da “fôrma” em que o bolo será assado?
QUANDO USAR O HÍFEN
XII- Quando a palavra agregada começar por “h”: “anti-herói”, “auto-hipnose”, “infra-hepático”, “mini-hospital”, “super-homem” etc.
XIII- Quando a palavra agregada começar por letra igual à que encerra o primeiro elemento: “anti-inflamatório”, “auto-observação”, “inter-regional”, “micro-onda”, “sub-bloco” etc.
XIV- A título de exceção... Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso, como “água-de-colônia”, “arco-da-velha”, “cor-de-rosa”, “mais-que-perfeito”, “pé-de-meia”, “ao deus-dará”, “à queima-roupa”.
XV- Grande dificuldade... Trata-se de palavras que apesar do uso não mais são usadas com hífen: “pé de moleque”(doce), “mula sem cabeça”(figura do nosso folclore), “água de coco” e “água de cheiro”, “dia a dia”.
XVI- Permanece o hífen nos compostos com três ou mais elementos que designam espécies botânicas ou zoológicas, como: “bem-me-quer”, “cobra-d’água”, “bem-te-vi”, “fava-de-santo-inácio” etc. Assim, morre o hífen nos compostos com três ou mais elementos que não designam espécies botânicas ou zoológicas, como: “dia a dia”, “pé de galinha”, “pé de moleque”, “mula sem cabeça”.
XVII- Usa-se hífen nas palavras compostas: “segunda-feira”, “arco-íris”, “decreto-lei”, “luso-brasileiro”, “guarda-chuva”, “sul-africano”, “mato-grossense” etc.
XVIII- Ressalva... Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: “girassol”, “madressilva”, “mandachuva”, “pontapé”, “paraquedas”, “paraquedista” etc.
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