30 de abril de 2014
Nova Ortografia da Língua Portuguesa
I- Onde se fala o Português: Portugal, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor Leste.
II- O Acordo Ortográfico tem como objetivo unificar a grafia do português nos 8 países que o têm como língua oficial. No Brasil o Acordo entrou em vigor em 2009.
TREMA
III- Não existe mais o trema, que marcava a pronúncia do “u” átono nos grupos “que”, “qui”, “gue” e “gui”. O seu uso permanece apenas nos nomes próprios estrangeiros e seus derivados, como “Müller” e “mülleriano”.
ACENTUAÇÃO
IV- O acento agudo deixou de ser empregado nos ditongos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas, como “assembleia” e “heroico”. Assim, não são mais acentuadas as palavras: boleia, alcateia, Coreia, estreia, europeia; adenoide, celuloide, joia, paranoico, tiroide.
ACENTO CIRCUNFLEXO
V- O acento circunflexo é colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” para indicar tanto tonicidade quando timbre fechado: dinâmica, pêssego, você, gôndola.
VI- O que mudou? Não haverá mais circunflexo em “voo”, “enjoo”, “magoo”, “perdoo”, “abençoo” e similares.
VII- Também foi eliminado o circunflexo das formas verbais (e derivados): creem (de crer), deem(de dar), leem (de ler), veem(de ver), doo(de doar), perdoo(de perdoar), povoo(de povoar), magoo(de magoar).
VIII- É bom lembrar que as formas antigas “têm” e “vêm” (da 3ª pessoa do plural do presente de “ter” e “vir”, respectivamente) permanecem. Da mesma forma, na flexão de verbos derivados de “ter” e “vir”, mantém-se a distinção entre a 3ª do singular (“ele mantém”, “intervém”) e a 3ª do plural (eles “mantêm”, “intervêm”).
O TIL E O ACENTO GRAVE
IX- Nem o til nem o acento grave sofreram alteração com a Reforma.
O ACENTO DIFERENCIAL
X- Quase todos os acentos diferenciais foram suprimidos, permanecendo apenas na forma verbal “pôr” para distinguir da preposição “por”, ex.: Só vou “pôr” pimenta na comida “por” você; e na palavra “pôde” para diferenciá-la de “pode”, ex.: Ela não “pôde” ir ao teatro ontem, mas hoje “pode”.
XI- Foi criado um acento diferencial opcional na palavra “fôrma”, quando sinônima de “molde”. A decisão de usar o acento é de quem escreve. Um exemplo interessante: Qual a “forma” da “fôrma” em que o bolo será assado?
QUANDO USAR O HÍFEN
XII- Quando a palavra agregada começar por “h”: “anti-herói”, “auto-hipnose”, “infra-hepático”, “mini-hospital”, “super-homem” etc.
XIII- Quando a palavra agregada começar por letra igual à que encerra o primeiro elemento: “anti-inflamatório”, “auto-observação”, “inter-regional”, “micro-onda”, “sub-bloco” etc.
XIV- A título de exceção... Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso, como “água-de-colônia”, “arco-da-velha”, “cor-de-rosa”, “mais-que-perfeito”, “pé-de-meia”, “ao deus-dará”, “à queima-roupa”.
XV- Grande dificuldade... Trata-se de palavras que apesar do uso não mais são usadas com hífen: “pé de moleque”(doce), “mula sem cabeça”(figura do nosso folclore), “água de coco” e “água de cheiro”, “dia a dia”.
XVI- Permanece o hífen nos compostos com três ou mais elementos que designam espécies botânicas ou zoológicas, como: “bem-me-quer”, “cobra-d’água”, “bem-te-vi”, “fava-de-santo-inácio” etc. Assim, morre o hífen nos compostos com três ou mais elementos que não designam espécies botânicas ou zoológicas, como: “dia a dia”, “pé de galinha”, “pé de moleque”, “mula sem cabeça”.
XVII- Usa-se hífen nas palavras compostas: “segunda-feira”, “arco-íris”, “decreto-lei”, “luso-brasileiro”, “guarda-chuva”, “sul-africano”, “mato-grossense” etc.
XVIII- Ressalva... Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: “girassol”, “madressilva”, “mandachuva”, “pontapé”, “paraquedas”, “paraquedista” etc.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:1
I – advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.2
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.3
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.4
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.2
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.3
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.4
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.
23 de abril de 2014
Entrevistados do Programa do Dai 23-04-2014
Drª Cleibiane (Fisioterapeuta, O Nosso Apresentador Elson Gonçalves e Dona Cotinha (Assistente Social)
ESTATUTO DO IDOSO (Lei nº10.741, de 01-10-2003)
De acordo com o Estatuto do Idoso, nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, ideias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. (Art. 4º)
O envelhecimento é um direito personalíssimo, e a proteção ao envelhecimento é um direito social. Por conta disso, o Estado tem a obrigação de garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. (Arts. 8º e 9º)
Ao idoso é assegurada a atenção integral à saúde, por intermédio do SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde. Para tanto, incumbe ao Poder Público fornecer, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. (Art. 15)
Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso deverão ser obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde, especialmente à autoridade policial ou ao Ministério Público. (Art. 19)
O idoso, reconhecido pela lei como a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, tem prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente. (Art. 71)
PROGRAMA DO DIA 23.04.14 RECEITAS DA DONA COTINHA (62-9223-0277)
ROCAMBOLE DE SAL
Ingredientes: 1 kg de carne moída(acém ou peixinho); 300g de muçarela; 300g de presunto; 1 ovo; 2 dentes de alho; meia cebola ralada; meia xícara de farinha de mandioca; 1 colher rasa de sal.
Modo de fazer: Colocar a carne na bacia; temperar com alho, cebola, sal, ovo e farinha; abrir papel alumínio sobre a mesa e espalhar nele um pouco de margarina; abrir a carne em cima, achatando-a; deixar a carne bem espalhada; colocar o presunto até cobrir a carne; colocar a muçarela em cima do presunto; começar a enrolar com auxílio do papel alumínio, apertando até virar um pavio; pegar outro papel alumínio do tamanho do rocambole já enrolado e colocar ao lado; abrir o papel e retirar o rocambole; passar para outro papel; enrolar, dobrar as pontas; levar ao forno; assar durante 40 minutos à temperatura de 150 graus; retirar do forno, abrir o papel e assar mais ou menos 20 minutos. Sirva-se enquanto quente.
ROCAMBOLE DE DOCE (Massa de pão de ló)
Ingredientes: 3 copos de açúcar pelo vínculo; 3 copos de farinha de trigo; 9 ovos; 1 copo de leite americano; 1 colher bem cheia de pó royal.
Ingredientes do recheio: 1 lata de leite condensado; 2 de leite de vaca na mesma medida; 1 saquinho de coco ralado.
Modo de fazer: Colocar na batedeira ou no liquidificar; colocar as gemas dos 9 ovos; colocar o açúcar; bater até ficar cremoso; pôr o leite; despejar de leve a farinha; desligar a batedeira(ou liquidificador); colocar o pó royal; pegar as claras dos 9 ovos e bater até ficar em neve; despejar em cima da massa; mexer levemente; não misturar demais; colocar no tabuleiro untado e enfarinhado; levar ao forno à temperatura de 150 graus; assar até ficar corado, sem abrir o forno; retirar do forno e deixar esfriar; pegar o tabuleiro e passar uma faca nas bordas, retirando o bolo com auxílio das mãos; colocar em pano de prato limpo e úmido, deixando o lado de cima para baixo; molhar com o recheio até ficar bem molhadinho; com o auxílio do pano de prato, vai enrolando até virar pavio; abrir o pano de prato, retirar o rocambole, colocá-lo numa bandeja.
Modo de fazer o recheio: numa panela, colocar o leite condensado e o leite de vaca; ferver um pouco; desligar o fogo; colocar o coco.
Cobertura: se quiser fazer cobertura: numa panela, colocar 1 latinha de creme de leite, 1 copo de açúcar e 4 colheres de tody; levar ao fogo e mexer até ver o fundo da panela; cobrir o rocambole enquanto quente.
21 de abril de 2014
20 de abril de 2014
9 de abril de 2014
O DESBRAVAMENTO DA REGIÃO PASSA QUATRO
Naquele tempo, toda a região que abrangia a Água Vermelha, Aborrecido, Gamela, Passa Quatro, Rio Preto, Rio dos Bois, Buriti, Matoso era coberta por matas virgens, cerrados fechados e campos limpos, e bichos silvestres. Havia pouca gente, distribuída por algumas fazendas já estabelecidas. O único trabalho existente era o desbravamento do sertão, a fim de abrir lavoura e organizar fazendas, com sede, construção de cercas de arame e pastagem para a criação de gado.
Ninguém falava ainda em erigir uma povoação na redondeza, porém o desconforto já se fazia sentir de forma preocupante. Debatia-se a questão da quase inexistência (e da precariedade) de bens e serviços, medicamentos e tecidos para o consumo da população rurícola, bem como produtos de primeira necessidade para o desenvolvimento do trabalho nas fazendas, principalmente arame e sal, que só eram encontrados em localidades distantes. E além do mais, a aquisição desses produtos era dificultada pela falta de estradas e pela ineficiência dos meios de transporte. Estes, os transportes, se faziam no lombo de cavalos ou em carros de bois. Muitas vezes, a pé.
No campo da educação, a grande maioria dos habitantes da região era analfabeta. Não havia escola nem mesmo uma conscientização a respeito do assunto. Aliás, o pensamento generalizado no meio rural do início do século vinte era da inteira desnecessidade do estudo. O que se ouvia dos patriarcas das famílias (por que também eram analfabetos) eram as colocações: “Estudar filho pra quê? Pra tocar roça? Precisa não. Bobagem. Nem eu nem a Maria estudou e nem por isso a gente passa fome! Fulano de tal tá rico, não tá? Pois é, vê se ele estudou? Não foi preciso.”
A saúde era precária. Somente nas cidades como Bonfim, Campo Formoso, Bela Vista, numa distância de beira de oito léguas, que o socorro era buscado. A condução era o lombo do cavalo. Se se precisasse de um médico com urgência, era necessário despachar um emissário puxando um cavalo para proporcionar transporte ao profissional da medicina. Isso se achasse um disponível e com coragem, e saúde, para viajar tão longe, ida e volta. Por causa disso, as pessoas utilizavam os recursos caseiros, como chás, banhos, emplastos, benzimentos, raízes e os serviços dos curandeiros.
As causas das mortes normalmente eram: morte repentina, quando a pessoa morria de repente sem causa conhecida; morte por sangramento, quando não se conseguia estancar o sangue da parturiente ou do acidentado; morte de dor, quando o doente agonizava até o fim sem nada que aplacasse os seus ais; colapso, quando o doente que sofria do coração morria de ataque fulminante (era grande o número de pessoas que morriam de doença de chaga); congestão, se a morte tinha como origem algum mal do estômago. Doenças que podiam causar a morte: crupe, nó na tripa, coqueluche, meningite, paralisia, mordida de cobra e de cachorro doido. Doenças não matadoras, mas muito comuns e que deixavam marcas visíveis: lombriga e papo. Em quase toda casa havia pelo menos uma pessoa que tinha papo. Lombriga, então, era difícil encontrar alguém que não estivesse infetado.
(Do livro SÃO MIGUEL DO PASSA QUATRO - O nascimento de uma cidade, de Elson G. Oliveira)
Ninguém falava ainda em erigir uma povoação na redondeza, porém o desconforto já se fazia sentir de forma preocupante. Debatia-se a questão da quase inexistência (e da precariedade) de bens e serviços, medicamentos e tecidos para o consumo da população rurícola, bem como produtos de primeira necessidade para o desenvolvimento do trabalho nas fazendas, principalmente arame e sal, que só eram encontrados em localidades distantes. E além do mais, a aquisição desses produtos era dificultada pela falta de estradas e pela ineficiência dos meios de transporte. Estes, os transportes, se faziam no lombo de cavalos ou em carros de bois. Muitas vezes, a pé.
No campo da educação, a grande maioria dos habitantes da região era analfabeta. Não havia escola nem mesmo uma conscientização a respeito do assunto. Aliás, o pensamento generalizado no meio rural do início do século vinte era da inteira desnecessidade do estudo. O que se ouvia dos patriarcas das famílias (por que também eram analfabetos) eram as colocações: “Estudar filho pra quê? Pra tocar roça? Precisa não. Bobagem. Nem eu nem a Maria estudou e nem por isso a gente passa fome! Fulano de tal tá rico, não tá? Pois é, vê se ele estudou? Não foi preciso.”
A saúde era precária. Somente nas cidades como Bonfim, Campo Formoso, Bela Vista, numa distância de beira de oito léguas, que o socorro era buscado. A condução era o lombo do cavalo. Se se precisasse de um médico com urgência, era necessário despachar um emissário puxando um cavalo para proporcionar transporte ao profissional da medicina. Isso se achasse um disponível e com coragem, e saúde, para viajar tão longe, ida e volta. Por causa disso, as pessoas utilizavam os recursos caseiros, como chás, banhos, emplastos, benzimentos, raízes e os serviços dos curandeiros.
As causas das mortes normalmente eram: morte repentina, quando a pessoa morria de repente sem causa conhecida; morte por sangramento, quando não se conseguia estancar o sangue da parturiente ou do acidentado; morte de dor, quando o doente agonizava até o fim sem nada que aplacasse os seus ais; colapso, quando o doente que sofria do coração morria de ataque fulminante (era grande o número de pessoas que morriam de doença de chaga); congestão, se a morte tinha como origem algum mal do estômago. Doenças que podiam causar a morte: crupe, nó na tripa, coqueluche, meningite, paralisia, mordida de cobra e de cachorro doido. Doenças não matadoras, mas muito comuns e que deixavam marcas visíveis: lombriga e papo. Em quase toda casa havia pelo menos uma pessoa que tinha papo. Lombriga, então, era difícil encontrar alguém que não estivesse infetado.
(Do livro SÃO MIGUEL DO PASSA QUATRO - O nascimento de uma cidade, de Elson G. Oliveira)
2 de abril de 2014
PROGRAMA DO DIA 02.04.14 RECEITAS DA DONA IRACEMA CARVALHO
MANÉ PELADO
Ingredientes: 2 pratos de massa de mandioca ralada; 1 prato de queijo curado e ralado; meio prato de açúcar; 250g de manteiga de leite; 5 ovos; 1 prato de coalhada ou 1 copo de leite.
Modo de fazer: Espremer a massa para retirar um pouco da água; colocar os ingredientes; misturar e pôr para assar em forma untada; se quiser pode acrescentar farinha de coco.
Mais: O Mané Pelado pode ser feito em tabuleiro ou enrolado em folha de bananeira, antigo pau-a-pique.
BROA DE FUBÁ DE CANJICA
Ingredientes: 4 copos de fubá de canjica; 1 copo de polvilho; 1 copo não cheio (menos 3 dedos) de açúcar; 1 copo de óleo; 1 copo d’água; 1 copo de leite; 1 pitada de sal; mais ou menos 5 ovos.
Modo de fazer: Ferver a água, o leite, o óleo e o açúcar, tudo em uma mesma panela; colocar o fubá na mistura fervendo; mexer até virar angu e despejar em uma vasilha; colocar o polvilho no angu; misturar o polvilho e desligar o fogo; despejar na vasilha; deixar esfriar um pouco; amassar com ovos; modelar as broas, passá-las no fubá e pôr para assar em forno quente.
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