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17 de setembro de 2015

DIA DA FAMÍLIA AFROBRASILEIRA

Dia 13 de setembro comemorou-se o Dia da Família Afrobrasileira.
Afro-brasileiro ou negro são os termos oficiais no Brasil que designam racialmente e de acordo com a cor das pessoas que se definem como pertencentes a esse grupo.
Brasil recebeu cerca de 38% de todos os escravos africanos que foram trazidos para a América. De acordo com a estimativa do IBGE, o número total de africanos que chegou ao Brasil foi de 4.009.400.
A escravidão fincou raízes profundas na sociedade brasileira. Os africanos e seus descendentes resistiram durante todos os séculos contra a escravatura, por meio de rebeliões ou fugas, formando quilombos. Porém, possuir escravos era uma prática tão disseminada e aceita pela sociedade que muitos ex-escravos, após conseguirem a liberdade, também tratavam de adquirir um cativo para si. Ter escravos significava status e afastava as pessoas do mundo do trabalho pesado, que na mentalidade brasileira apenas os escravos podiam exercer. 
A família escrava
Durante muitos anos, diversos historiadores e antropólogos sustentaram que, no Brasil, os escravos não formavam famílias. Alguns diziam que os escravos não tinham solidariedade entre si e a família, como núcleo, com o pai presente, nunca existiu. Para esses autores, a união entre negros era passageira, gerando filhos ilegítimos, sendo que os laços de parentesco e a vida familiar eram destruídos pela venda dos escravos. As poucas famílias que existiam eram centradas na mãe e, quase sempre, os filhos eram criados sem a presença do pai.
Estudos mais recentes, contudo, refutam essas ideias. Apesar de incipientes, as novas pesquisas mostram que eram altas as taxas de casamentos entre escravos, feitos na igreja, nas regiões de plantation do Sudeste do Brasil. Indicam também uma estabilidade impressionante nessas famílias, havendo convivência próxima entre pais e filhos. Nas propriedades grandes e antigas, em particular, essa estabilidade era evidente nas diversas famílias extensas encontradas, nas quais existiam membros de três gerações convivendo com seus irmãos adultos e respectivos filhos. Este foi, pelo menos, o quadro encontrado no Oeste Paulista e no Vale do Paraíba oitocentista.

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