DUPLA JORNADA DE TRABALHO

O trabalho da mulher fora de casa, que no passado era fato raro, na vida moderna é realidade cada vez mais crescente. A mulher trabalha ou como empregada ou no exercício de atividade independente. E ao chegar à sua casa, desempenha, quase sempre sozinha, os serviços domésticos indispensáveis à manutenção física do lar. Enquanto isso o esposo, não mais cansado do que ela, muitas vezes repousa tranquilo e com a consciência limpa em um sofá.A dupla jornada de trabalho, assim, é somente dela. Ele, o marido, se julga no direito de descansar sossegadamente, de tomar sua cerveja e de conversar com os amigos, convicto do dever cumprido. E se o filho chora durante a noite, ou de frio ou porque está doente, dela é exigido levantar-se e cuidar da criança para que não perturbe quem precisa dormir. E às vezes o faz sob as reclamações e os protestos veementes do marido, que se sente incomodado no seu repouso.Felizmente, hoje esse comportamento vem tomando novos rumos. É mais frequente agora a coparticipação do casal e até dos filhos nas responsabilidades da casa e da família. Mulher tem uma tarefa, marido tem outra. E filhos, outras ainda. E nesse clima de solidariedade a família encontra as mais diversas soluções para os seus angustiantes problemas, inclusive os de ordem econômica.(Do livro FAMÍLIA FELIZ, 2 ed, à venda na Livraria Saraiva, Flamboyan)