Algumas indagações mexem bastante com a gente, como por exemplo: Tenho facilidade para pedir perdão? Tenho disposição para perdoar? Consigo perdoar uma pequena maldade? E uma grande ofensa? E no trabalho, eu me irrito com um colega e depois tenho dificuldade para perdoá-lo? E na família, tenho costume de pedir perdão e de perdoar?
Verdade que não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.
Quer um exemplo maior de perdão na família do que a passagem bíblica do filho pródigo? O filho pega sua herança e sai pelo mundo torrando tudo. Quando se vê na miséria, sofrendo pra caramba e comendo o pão que o Diabo amassou, aí volta pra casa paterna com o rabinho entre as pernas. Seus irmãos bem que queriam que o pai o escorraçasse, mas o pai não só o perdoou como também fez festa com a sua volta. (Lc 15, 11-32)
Agora vamos ver outro exemplo de perdão: o irmão ofendido perdoando os seus irmãos que erraram. É a história bíblica de José do Egito. Os irmãos de José tramaram a sua falsa morte, para enganar o pai. E o venderam como escravo aos egípcios. E lá em terras estranhas José caiu na graça do Faraó e se tornou governador. Sobrevindo a crise da fome, José os abrigou em seu reino, livrando-os da morte. (Gên 37 em diante)